O passado visual e sensorial e a historicidade são grandes fontes de expiração, onde a memória é uma matéria e forças que geram seres
A última árvore
O tempo passa e o silêncio
continua
Eu não aguento mais
Tento fugir pelas portas do fundo
E ponho-me mais uma vez a fugir
do deserto
Depois de quilômetros de
caminhada
Encontro-me com a última árvore
Que implora a minha companhia
Tenho mais motivos para “xingar”
o campo de deserto, aliás, mil motivos, além da questão ambiental. É a parte psicológica
do ser. É como alguém que não precisa estar preso em quatro paredes para se sentir
só como acontece nos espaços urbanos. Um homem debaixo de uma árvore, da única árvore,
pode estar num imenso deserto. Devorado pelas imensidões
que reprime a sua pequenez.
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